O Porto, capital do norte de Portugal e também apelidada como a “invicta”, tem um centro bastante rico com muitas igrejas, edifícios históricos e atrações que não deve perder quando visitar esta cidade. Ao contrário de Lisboa que tem um centro efevercente e depois se estende até à Expo, a oriente, e até Belém a ocidente, o Porto que interessa ao visitante é muito mais compacto e numa área bastante mais circunscrita.
Há muito para visitar, mas é essencialmente no triângulo que fica entre a Ponte D. Luis I, o Mercado do Bolhão e o World of Discoveries que se encontram a maior parte dos monumentos portuenses.
Não irei enumerar tudo o que há para ver, mas comecemos junto ao Rio Douro, na Ponte D. Luis I, que liga Gaia ao Porto. Esta ponte é Património Mundial da Unesco e, em conjunto com a Torre dos Clérigos, é um dos monumentos mais fotografados e um dos símbolos do Porto. Ela une as cidades do Porto e de Gaia desde 1886 e a sua bela estrutura de ferro conta com dois tabuleiros: em baixo passam os carros e em cima o metro, embora ambos os tabuleiros sejam acessíveis a peões (br:pedestres). O seu arquiteto foi Théophile Seyrig e demorou cinco anos a ser construída. Esta ponte juntamente com a Ribeira do Porto, Igreja de São Francisco e do lado de Gaia com as caves do vinho do Porto formam uma zona de imenso interesse turístico excelente para tirar fotos e passear a pé.
Ainda nesta zona não deixe de visitar a zona da Sé Catedral do Porto porque a vista aí é merecedora de algumas fotos. Esta igreja começou a ser edificada no século XII, mas teve várias alterações ao longo dos tempos o que originou uma mistura de estilos arquitetónicos, predominando, no entanto, o medieval e o gótico. A entrada na igreja é gratuita e a entrada nos claustros custa 3€ (mas se tiver o Porto Card ainda tem 35% de desconto).
A zona da Sé e de São Nicolau fica mesmo por cima da zona da Ribeira e é uma das mais antigas do Porto. É um emaranhado de ruelas estreitas, mas duas das ruas mais conhecidas são a Rua Escura e a Rua da Bainharia que datam dos séculos XIII e XIV respetivamente. Descendo esta última e, fazendo a pequena Travessa da Bainharia, chega-se à Rua Mouzinho da Silveira e em pouco tempo estamos no Jardim do Infante D. Henrique. E é aqui que surge uma igreja muito bonita e visitada no Porto – a Igreja de São Francisco.
O Palácio da Bolsa, atualmente sede da Associação Comercial do Porto, é um edifício datado de 1910 num estilo neoclássico e é o seu Salão Árabe que se destaca. Este salão oval é decorado nas paredes e teto com estuques legendados a ouro com escrita árabe. Este edifício foi erigido nas ruínas do Convento de São Francisco é precisamente nas suas costas que está a Igreja de São Francisco que falei anteriormente.
Esta igreja é diferente de muitas outras porque está meio escondida e não está de frente para a rua ou para o rio Douro, mas sim parela a eles. Mas é uma igreja gótica muito antiga, cuja construção se iniciou em 1383 e fez parte de um convento franciscano. Tem muita arte sacra e o revestimento a talha dourada foi posterior, já entre os séculos XVII e XVIII.
O seu interior barroco é exuberante porque são mais de 200kg de ouro que estão incrustados no altar, pilares e colunas.
Destaca-se a Árvore de Jessé, em talha dourada, esculpida entre 1718 e 1721 e que representa a genealogia de Cristo, na forma de uma árvore. A Casa do Despacho situa-se mesmo em frente à igreja e foi acrescentada no século XVIII. O seu autor foi Nicolau Nasoni, um arquiteto italiano de vital destaque no Porto e também ele responsável pelo projeto dos Clérigos. A Casa do Despacho é atualmente um museu e é onde se tem acesso ao Cemitério Catacumbal do Porto. O bilhete da igreja vale para o museu e catacumbas e custa 7€ (25% desconto com o Porto Card).
Descemos pela Rua da Reboleira e, já no Rio Douro, passamos pelo Cais da Estiva e pela famosa Praça da Ribeira, onde está a escultura da fonte em forma de cubo e a estátua de São João, de autoria de João Cutileiro. O Cais da Ribeira é uma zona antiga do Porto e também ela Património Mundial da Unesco. Aqui encontramos muita vida com restaurantes, cafés e muita gente a passear junto ao rio.
A zona da Ribeira foi uma das primeiras a ser habitada e tem muitas ruas estreitas e sinuosas. Mas vale muito a pena pelo passeio e pelo cenário magnifico que a Ponte D. Luis I proporciona.