Lisboa não é assim tão grande. Na verdade, Lisboa tem pouco mais de meio milhão de habitantes. Há na Europa cidades muito mais importantes em termos populacionais e talvez fossem grandes cidades como Paris, Roma ou Londres que ganhassem mais destaque. Bem, essas cidades ganharam o tal destaque que falo, não só pela sua beleza arquitetónica, pela imponência como capital de um Estado rico ou pela cultura cativante de séculos. A tudo isto juntaram-se outros aspetos como o económico, o financeiro ou até o social. Lisboa acabava sempre por ser uma cidade periférica da Europa. Mas desde os anos 60 que as coisas começaram a mudar. Inicialmente com movimentos migratórios do interior do país para a capital e mais recentemente com a emigração vinda de países de África e Brasil. Aos poucos, os bairros começavam a encher-se e Lisboa a expandir. Hoje, num raio de mais ou menos 25km temos cerca de 2,8 milhões de habitantes (fonte: aml.pt).
Claro que Portugal sempre foi um país de emigrantes. Nos anos 60 e 70 saiam para França e Suíça, depois Alemanha e mais recentemente Reino Unido. Mas não foi bem Lisboa que sentiu na pele a fuga de pessoas. Foi sobretudo o interior do país. Na capital a população crescia e atualmente a “grande” cidade ficou mais compacta e ocupa agora mais espaço.
Lisboa tem uma Câmara Municipal, equivalente às prefeitura no Brasil, que por sua vez se divide em juntas de freguesia, que são órgãos do Estado com competências mais locais. Cada junta de freguesia pode ter um ou mais bairros e estão sob a alçada do órgão municipal. No gráfico em cima vemos como ficaram ordenadas as freguesias depois de em 2015 se ter reduzido o seu número de 53 para 24. Mesmo assim, ainda se percebe que o centro de Lisboa concentra freguesias que são menores, não só em termos geográficos, como também populacionais, já que a maior parte dos Lisboetas mora fora do centro da cidade. À volta temos os concelhos, que tal como o concelho de Lisboa, têm eles próprios as suas freguesias. Os concelhos colados em Lisboa são Oeiras a oeste, Amadora, Odivelas e Loures a norte e Almada a sul (do outro lado do rio Tejo).