Conhecendo Lisboa: de Santos a Belém

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Ponte sobre o Tejo

Vamos embarcar na nossa viagem e prosseguir até à freguesia da Estrela, a vizinha do bairro de Santos. Aqui temos duas opções: ou seguimos por uma das ruas mais conhecidas de Lisboa – a 24 de Julho – que se estende junto ao rio ou subimos em direção a uma igreja que vale a pena conhecer. Opto por subir, até porque a 24 de Julho não tem comércio e é uma rua movimentada e cheia de carros. A ideia é subir pela Lapa, que é um bairro chique de Lisboa, não só pelas suas vistas incríveis do rio, mas pelas casas. Por fora parece que é tudo igual, mas asseguro-lhe que lá dentro há apartamentos incríveis. É também aqui que está o Lapa Palace Hotel, um hotel deslumbrante e que foge totalmente ao padrões de turismo de massa (mesmo os de cinco estrelas). Exclusividade e alto padrão são a norma. Mas se você é como eu e não de deslumbra com estas excentricidades hoteleiras proponho que descubra o Museu Nacional de Arte Antiga. Lá dentro tem uma coleção incrível de pintura, iluminura, escultura, ourivesaria e cerâmica que não deve perder. Anexo ao museu há um miradouro bonito, mas dentro do próprio museu também tem um café agradável para recuperar energias e pode entrar sem pagar.

Museu Nacional de Arte Antiga, foto: site MNAA

A Basílica

Você já deve ter ouvido falar imenso nos guias de turismo do elétrico 28 (bondinho). Há imensos elétricos em Lisboa, mas esta carreira (linha) é a mais conhecida porque ela sai da da Graça, desce por Alfama em direção à Baixa, passa por Santos até chegar à Estrela. Se quiser dar uma espreitadela aos edifícios da Lapa então suba desde o museu de Arte Antiga, mas atenção que é a subir! E muito. Senão volte a Santos, perto da embaixada francesa e apanhe aí o 28. Já deve ter menos turistas nesse troço, porque esta linha vale mesmo a pena fazer mas é terrível de cheia que é. Mas já lhe conto um segredo de como fazer. Já cá em cima, dê uma volta pelo Jardim da Estrela que é bonito, sente-se um pouco para apreciar a natureza e depois vá à Basílica da Estrela.

Há imensas igrejas em Lisboa e esta é mais uma. É bonita não nego, mas para mim acho que prefiro os Jerónimos ou a crueza e simplicidade da Sé de Lisboa. É aqui que deve apanhar o 28 de regresso ao centro porque aqui ainda tem hipótese de ir sentado. No Verão pode ser um trajeto longo e o calor pode se tornar no seu pior inimigo, por isso o melhor é conseguir lugar sentado. E depois desça no fim mesmo porque aí faz toda a aventura do 28 de uma vez só.

A Ponte e a zona de Alcântara

Vamos então descer da Estrela até Alcântara. Esta é uma zona mais residencial mas ao mesmo tempo agitada. Há o Museu do Oriente e as Docas de Alcântara que hoje em dia tem restaurantes mais caros. Mas vale a pena o passeio a pé por ali. Do outro lado da 24 de Julho, já quase por baixo da ponte há o LX Factory – uma espécie de zona mais trendy com bares, restaurantes e lojas cool. Perca-se por lá. O edifício por fora é meio feio, mas pode ser interessante passar ali um bocado pela dinâmica do espaço. Mas aquilo que vai ver de imediato é a imponência da ponte – a Ponte 25 de Abril. Esta ponte é um dos símbolos de Lisboa e é grandiosa. Na freguesia de Alcântara estes são os dois destaques que dou.

Vista debaixo da Ponte 25 de Abril

Subir até ao Palácio da Ajuda

Vamos nos distanciar agora para subir até à Ajuda. Esta freguesia não toca no rio e é mais residencial. A parte que está mais perto do Restelo é muito interessante com casas e edifícios baixos e é uma zona tranquila. Gosto desta zona e fala-se pouco dela porque não tem monumentos, lojas de destaque e como é bastante íngreme também é de mais difícil acesso. Mas é mais barata que Belém ou Alcântara e tem alguma oferta de alojamento local. Há aqui algo que você deve visitar – o Palácio Nacional da Ajuda. A forma mais fácil é subir é pela Calçada da Ajuda (tem autocarro desde Belém). É um pouco longe, mas o trajeto é menos sinuoso que entre Santos e a Estrela. Este palácio foi residência oficial da família real portuguesa desde o reinado de Dom Luís I até ao final da Monarquia e é um lugar para você reviver o tempo de réis e rainhas. Vale a pena a visita sem dúvida e se prefere fugir ao tumulto de Belém então você encontrou um lugar para passar um par de horas bem tranquilo.

Quarto de Cama da Rainha, Palácio Nacional da Ajuda

E pronto viemos de Santos até à Ajuda e estamos agora às portas de Belém – uma das mais freguesias mais conhecidas dos turistas e uma das mais movimentadas. Fique a conhecer o que penso desta zona no próximo artigo e saiba o que realmente acho dos famosos pastéis de Belém, onde se encontra a tão afamada pastelaria conhecida no mundo inteiro.

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