Conhecendo o Porto: o centro

No centro do Porto, mas já mais afastados da faixa ribeirinha que vai da Ponte D. Luis I até à zona da Igreja de São Francisco, subimos agora até ao Jardim da Cordoaria que é uma grande praça cheia de significado para esta cidade. No lado oeste temos o Tribunal da Relação do Porto, do lado oposto, a este, temos um dos edifícios da Universidade do Porto, mas é na parte mais a sul que se encontra um dos monumentos mais fotografados e populares do Porto – a Torre dos Clérigos.

Torre dos Clérigos

A Igreja dos Clérigos e, sobretudo, a torre que se encontra por trás formam um dos cartões postais mais conhecidos do Porto. Esta torre encaixada entre as Ruas da Assunção e São Filipe de Nery, tem uma altura de 75 metros e foi o edifício mais alto de Portugal durante muito tempo. Ela foi erigida entre 1754 e 1763 por Nicolau Nasoni, um arquiteto italiano que se instalou no Porto e também ele responsável por outros edifícios na cidade. Construída em granito, o seu estilo barroco chama logo a atenção pelo seu esplendor. Já os seus 225 degraus proporcionam ao visitante, quando chegado ao topo, uma vista inebriante de toda a cidade do Porto. Também existem visitas à noite até às 23h por isso se aprecia ver a cidade de outra forma vá nesse horário. Os bilhetes custam 5€ (com 50% desconto se tiver o Porto Card).

Igreja dos Clérigos

Este mesmo bilhete pode ser usado no museu que liga a torre à igreja – a Casa da Irmandade – onde a Irmandade dos Clérigos fazia a sua vida e onde se temos um acervo de coleções de pintura, escultura, mobiliário e ourivesaria. Finalmente temos a Igreja dos Clérigos também ela em granito e seguindo os mesmos padrões barrocos da torre. Concluída em 1749 ela foi a primeira igreja em forma de elipse em Portugal. Também vale muito a pena visitar o seu interior de talha dourada de estilo joanino e a capela-mor com o seu retábulo rococó e altar de mármore. O conjunto arquitetónico dos Clérigos é monumento nacional desde 1910.

A livraria mais conhecida do país

Ainda nesta zona, basta atravessar a rua e chegamos à Rua das Carmelitas, uma rua cheia de lojas interessantes, entre elas a Vista Alegre, A Vida Portuguesa e a mais conhecida de todas as livrarias em Portugal – a Livraria Lello. Esta livraria é considerada por várias publicações internacionais como uma das mais belas livrarias do mundo. Ela foi inaugurada em 1906 pelos irmãos José e António Lello e aí ficou até hoje no número 144 da Rua das Carmelitas. Tem uma fachada neogótica, mas é sobretudo o seu interior que atrai milhares de turistas devido à sua escadaria trabalhada, tetos ornamentados a imitar madeira talhada e o vitral também no teto. A entrada custa 5€, valor que pode descontar na compra de um livro, mas escolha bem o horário porque normalmente há filas para entrar.

Livraria Lello

A avenida das festas

Descemos a movimentada Rua dos Clérigos, cheia de lojas e edifícios antigos para chegarmos à avenida mais “congregadora” dos portuenses – a Avenida dos Aliados. Quando há um bom motivo para festejar é aqui que as pessoas se concentram, seja pelo futebol, santos populares ou apenas para passear.

Câmara Municipal do Porto, Avenida dos Aliados

A Avenida dos Aliados é pouco arborizada, mas é larga e comprida desde a parte mais a sul onde se encontra o Hotel Intercontinental do Porto instalado no Palácio das Cardosas até à parte norte onde se encontra o edifício da câmara (br: prefeitura) do Porto. O seu nome evoca os Aliados da I Guerra Mundial e foi inaugurada em 1916. Ao longo de toda a avenida há algumas estátuas que merecem destaque: na parte de baixo a estátua equestre de D. Pedro IV, depois mais a cima a estátua Menina Nua -Fonte da Juventude e já no topo superior uma estátua do escritor Almeida Garrett. Destaco ainda no começo da avenida (voltado para a Câmara do Porto) do lado direito, o antigo Café Imperial, que se tornou possivelmente num dos restaurante de fast-food mais bonitos do mundo.  

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